Meu Ribeirão

publicado em:2/04/18 1:33 PM por: Jurandir Figueiredo Histórias e FatosPoesias de Ribeirão

Domingo, 08 de Março de 2009 | 4 comentários

Conto a história de nosso lugar
onde meu paizinho com Deus foi morar
morreu no lugar em que mais amava
Ribeirão triste hoje tu é
foste embora João Sapé

E nesse lugar onde a tristeza nos arrebatou
com braços de mãe nos agazalhou
e não haveria lugar melhor Pai
pra nos deixar
o Ribeirão nosso verdadeiro lar
Nenhuma tristeza carreguei em mim
apenas saudades do vento
que em nenhum lugar sopra assim

Dos engenhos e passeio de carro de boi
Banhos de cachoeira, e no salto todos queriam pular mais alto
das frutas comidas no pé
no meio do mato sem saber de quem é
as vezesum corridão ,era o dono chegando ,vigiando a plantação

Do ré de pegar e esconder
do furdunço da criançada,pra torre a correr
Tentando não ser pego no ré de pegar e de esconder

Das flores pra igreja casa em casa, íamos buscar
dos bolos que comíamos
com pedaço saindo correndo a brincar

Nas noites quentes o canto das cigarras a lembrar
o vagalume nos dizendo que o natal ia chegar

e quando ele chegava
que inocência e alegria
o mais pobre, o mais rico
todo mundo sentia
a paz que o menino Jesus trazia

Dona Nena, Dona Lourdes
professoras,catequistas
em nossas vidas muitas conquistas de pessoas que ajudaram
a ser quem somos

E pra onde quer que vamos
levamos as lembranças de um passado
que ficou na alma e no coração
saber que somos filhos
deste pedaço de chão
abençoado por Deus chamado Ribeirão

Enviado por: Carolina

Comentários
1 – Jurandir Figueiredo 10/03/2009
Carolina, obrigado pelas belas palavras… poesia do nosso jeito, com o coração. Linda como nosso Ribeirão.

2 – Eneida 11/03/2009
Confesso que me emecionei muito ao ler este poema, tanto porque ele resume exatamente o que foi a nossa infância, tanto porque foi escrito pela minha querida irmã Carol. Querida Carol, vc é muito talentosa e eu tenho muito orgulho de ser tua irmã

3 – Laerte Silva 13/03/2009
O tempo passa, os fatos se entrelaçam, João Sapé era amigo de meu tio Batista Patrício, hoje certamente os dois já se econtraram no andar de cima. Lembranças que voltam de uma infância feliz onde os amigos marcavam, mesmo sendo amigos de outros. Belas palavras.

4 – carolina 15/03/2009
isso mesmo Laerte,ele era muito amigo do seu tio Batista,que sempre que nos encontrava nos chamava a mim e minha irmã de sapezinhas…saudades



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