Retrato de Um Homem

publicado em:2/04/18 5:18 PM por: Jurandir Figueiredo Histórias e FatosPoesias de Ribeirão

Quarta-Feira, 01 de Agosto de 2007

Da vertente do Pequeno Ribeirão
Não se bula na sua gênese Figueiredo,
Nobre estirpe de fidalgos d`Alem Mar
Que pereniza por valor e qualidades.

Purifica sua infância nas águas da Laguna
Que, mmais tarde,singra em sua belonave
Qual moderno Garibaldi redivivo,Belicoso também, mas em lides não iguais.

Com a enxó faz do lenho um barco…é armador
Enche-o de viveres, manta, fainça…é mercador.
Contrai núpcias com Maria,ramo de Carvalho,
Talves mais nobre que o então navegador
Na ponta que empurra o mar sobre o Mirim.
Tem filhos,muitos, rebentos em profusão.

Tem um revés(o que é comum no mar)…é professor
De pobre gente que não tem com o que pagar…é lavrador
Em sáfara terras cheia de serpentes, de rochas, mar vazio.
Emigra mais uma vez…é proletario:
Lá está o majestoso gais!
Penoso recomeço que lembra Kipling em Si”
…”y de nuevo comienza su torre a levantar”.

A cidade o recebe.É cristão e de Cristãos é rodeado.
O Deus que o protegera nas procelas, o conduz agora
Até tornar-se de novo respeitável,urbano, cidadão,
Fiel ao Criador, culto, generoso, venerável.

Morre convicto do dever cumprido,posto que
Quebrou as amarras do medo em seu espaço e tempo.
No imenso vazio que ele deixou,exclamo:
-Quão bom e agradavel é caminharmos unidos
Por causa da claridão
Que ele acendia,enquanto por aqui viveu!

Repousa o chefe do clã, o grande amigo,
Ao pé do primeiro monumento eregido no meio-dia
A ermidinha da vila.
E por homenagem ao seu nome outorgariam
Via publica* que da terra da terra leva à imensidão do Mar.

Enviado por: Nézio Figueiredo



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